Propuesta de una ecuacion para el fomento de la innovacion en las organizaciones. - Vol. 29 Núm. 126, Enero - Enero - Enero 2013 - Estudios Gerenciales - Libros y Revistas - VLEX 507482198

Propuesta de una ecuacion para el fomento de la innovacion en las organizaciones.

AutorBressan, Fl
CargoArt

Uma equação proposta para fomentar a inovação nas organizações

Proposed equation for fostering innovation in organizations

  1. Introdução

    O tema inovação, em função de Pressões crescentes do aumento da globalização e da disponibilidade do acesso á tecnologia, tem tido presenca cada vez maior tanto nas discussoes governamentais como nas acadêmicas e nos gabinetes dos executivos corporativos e dos CEOs. Devido ao aumento destas Pressões e seu impacto na sobrevivência, crescimento e prosperidade das organizacçõs, não deve causar surpresa o fato de que executivos, pesquisadores e escritórios governamentais de ciência e tecnologia busquem uma melhor compreensao dos fatores envolvidos no processo de inovação.

    Neste contexto, o objetivo deste trabalho é realizar um estudo comparativo entre casos de inovação bem sucedidos, enderecando os fatores neles envolvidos para identificar os fatores comuns nestas experiências para, com base neles, fazer a proposta de uma equação para promover a inovação nas organizacçõs.

    A justificativa para este trabalho encontra-se no fato de que a inovação é decisiva e mandatória para as empresas competirem, serem bem sucedidas, sobreviverem e prosperarem no mercado global e de acirrada concorrência. Desta forma, conhecer os fatores que ajudam a empresa a promover a inovação--a equação da inovação--pode ser de grande valia para auxiliar as empresas a canalizarem seus esforcos direcionados á inovação, necessária para a empresa desenvolver e manter vantagem competitiva.

    A seguir é apresentado o marco teórico onde se aborda os fatores que influenciam o processo de inovação: o ambiente de negócios, a organização e a gerência, o inovador e os complementadores. Apresenta o conceito de modelo mental e sua relação com o processo de inovação. Em seguida apresenta a metodologia utilizada na pesquisa, as empresas pesquisadas e os resultados obtidos. Discute e analisa estes resultados e apresenta a conclusao do trabalho, seguida das referencias bibliográficas.

  2. Marco teórico

    O termo inovação, como utilizado neste trabalho, assume as caracteristicas da proposição da teoria Schumpeteriana, adotando seu sentido amplo--implantação de produto novo ou mudança qualitativa em um produto existente com a qual os consumidores não estejam familiarizados, novos métodos de trabalho e de comercialização, abertura de novos mercados, desenvolvimento de novas fontes de suprimento e novas matérias primas, e mudanças organizacionais (Schumpeter, 1988; Amara, Landry e Doloreux, 2009)--que está relacionado com a criação de competição entre o velho e o novo e com a agregacao de valor aos negócios da empresa (Frangos, 2010).

    A análise sobre os fatores organizacionais têm contribuido significativamente com o estudo da inovação e um exame da literatura indica a associação entre diversos fatores organizacionais como a cultura, a estratégia e sua disposição para inovar (Brazeal, Schenkel e Azriel, 2008), recursos, estrutura organizacional, suporte gerencial (Sawhney, Wolcott e Arroniz, 2006) e a disponibilidade de recursos e tempo, e o sucesso das iniciativas de inovação (Srivastava e Agrawal, 2010; Ireland, Kuratko e Morris, 2006; Goodale, Kuratko, Hornsby e Covin, 2011). Dentre estes fatores, tem-se destacado a influência do gerente no comportamento inovador dos empregados que, por meio de seu comportamento diário e ações voltadas para estimular a inovação, pode alavancar ou mesmo bloquear do processo de inovação (Sawhney et al., 2006; Brazeal et al., 2008).

    Mas, incentivos organizacionais para a inovação, a alocação de recursos e a criação de cultura ou ambiente facilitador da inovação podem não gerar os resultados desejados. Isto pode ser devido ao fato de que, como aponta a literatura, outros fatores podem estar associados ao sucesso das iniciativas de inovação, como os relativos ao ambiente de negócios, como a economia, ameaca, etc., e fatores pessoais do individuo que empreende e inova, como sua competência e motivacao, sua capacidade para identificar oportunidades menos óbvias para outros, sua disposição para assumir riscos, fatores estes ligados ao seu modelo mental (Bressan e Toledo, 2011), que nem sempre são enderecados na busca de inovação como vantagem competitiva.

    Além disso, há ainda um conjunto de fatores--os complementadores--que pode exercer um papel importante e mesmo decisivo no sucesso da inovação e envolve tanto as pessoas da organização que, ora se engajando, como no caso dos componentes da equipe, ora dando patrocinio, apoio técnico e organizacional, ora fornecendo recursos, incentivo e orientacao como gerentes de áreas clientes ou fornecedoras da unidade organizacional ou unidade de negócios onde o processo está em curso, como pessoas e entidades externas como fornecedores, agencias de fomento e pesquisa, instituicoes de ensino, etc.

    Do exposto depreendem-se quatro categorias de fatores que influenciam o processo de inovação: I) o ambiente de negócios, 2) a organização e a gerência, 3) o inovador e 4) os complementadores.

    2.1. Ambiente de negócios

    Toda organização está inserida em uma rede de influências e relacionamentos denominada ambiente de negócios, composto por um conjunto de variáveis externas e fora do controle da organização e seus executivos, mas que exerce forte influência sobre seus resultados. Este ambiente é constituido por variáveis macro-ambientais econômicas, sócio-culturais, tecnológicas, educacionais, demográficas e politico-legais--que possuem uma influência mais genérica sobre seus negócios e variáveis de seu ambiente operacional o qual inclui as forjas da industria (Analoui e Karami, 2002) onde ela opera: rivalidade da industria, clientes, fornecedores, produtos substitutos, novos entrantes e que possuem influência mais direta nos resultados e rentabilidade da empresa (Miles e Snow, 1989; Porter,1998).

    Estas variáveis, em constante mudanca, trazem incertezas e surpresas para as organizacçõs que, em não tendo controle sobre elas, têm que responder-lhes por meio do desenvolvimento e implantação de estratégias (Parnell, Lester e Menefee, 2000). Definir estratégias congruentes com o ambiente externo tem sido um importante desafio para muitos executivos e muitas pesquisas e estudos têm sido feitos para identificar as estratégias mais adequadas para o ambiente de negócio da empresa (Miles e Snow, 1989).

    Todos estes fatores ambientais e as mudanças que provocam podem tornar produtos e servicos campeoes em obsoletos e exigir que a empresa, para continuar a sobreviver e prosperar, dê respostas inovadoras, como no caso das mudanças trazidas pelo e-commerce (a criacao da Amazon.com) e mudanças no perfil dos consumidores, como as trazidas pela telefonia celular e dos equipamentos relacionados (como o IPod da Apple).

    2.2. A Organização e a Gerência

    2.2.I A Organização

    Estratégias, entendidas como a formulacao de objetivos estratégicos, a adoção de cursos de ação e a alocação de recursos para atingir estes objetivos, são respostas ás demandas do ambiente externo. Muitas pesquisas têm sido desenvolvidas para identificar as estruturas organizacionais e outros arranjos mais adequados para uma implantação eficaz das estratégias e, assim, identificar qual a forma de organização que melhor responde aos desafios do ambiente de negócios. Organização, em seu sentido amplo, corresponde não só á sua estrutura, mas também, e principalmente, seus componentes como cultura e padrões de comportamento, mecanismos de suporte, modelo de gestao, sua tecnologia e processos, seus recursos e competências que definem seu padrão de respostas aos desafios, ameaças e oportunidades do mutante ambiente de negócios.

    As organizaçõs, por meio de seus executivos, percebem o que elas querem perceber no ambiente de negócios (Miles e Snow, 2003) e respondem de forma proativa ao percebido por meio de padrões relativamente consistentes de escolhas e decisoes em relação á estrutura e processos organizacionais e comportamento estratégico (Gallén, 2006). Esta consisténcia, observada no trabalho pioneiro de Miles e Snow (2003) sobre estratégia, estrutura e processos organizacionais, possibilitou a definição de uma tipologia que tem recebido suporte de um grande numero de estudos (e.g., Conant, Mokwa e Varadarajan 1990; Dvir, Segev e Shenhar, 1993; Hambrick e Mason, 1984) e permite avaliar a disposição da organização para inovar.

    Esta tipologia, modelo abrangente que descreve com riqueza as caracteristicas e as configurações estratégicas de cada tipo de organização, é constituida por três estratégias genéricas--defensora, prospectadora e analista--e uma residual, a estratégia reativa. Os prospectadores possuem um dominio bastante amplo do composto produto-mercado; eles são o "primeiro no mercado". Os defensores oferecem um conjunto permanente de produtos ou servicos e eles competem principalmente com base do valor e/ou custo. Os analistas têm caracteristicas de ambos, defensores e prospectadores, e buscam como estratégia alternativa ser "o segundo no mercado". Os reativos apresentam escolhas empreendedoras, de engenharia e administrativas inconsistentes (Gallén, 2006).

    2.2.2. A Gerência

    Fomentar a inovação requer ação assertiva do gerente que, pela aplicação de politicas, sistemas e processos, de suas ações, comportamentos e práticas, pode tanto buscar e estimular as experiências de inovação de sucesso como desestimular e mesmo impedir que a inovação tenha lugar (Alpkan, Bulut, Gunday, Ulusoy e Kilic, 2010). A literatura sobre a criação de um ambiente propicio á inovação enfatiza o papel e o comportamento gerenciais como fatores chaves para o sucesso nesta empreitada. Estes papéis e comportamentos podem ser reunidos nos seguintes aspectos:

    1. Estimular, buscar e fomentar a inovação: ao agir assim, um gerente torna explicito seu compromisso com a inovação e isto será uma indicação de sua coragem para apoiar e incentivar a inovação e a experimentação de novas maneiras de se fazer as coisas (Shepherd e Krueger, 2002), e poderá...

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